sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Têm mais de 500 anos mas ainda estão frescos


Dia 12 (II)
6 de Agosto de 2010

Retomamos o caminho ao longo do Danúbio. Dado que saímos de Budapeste depois de almoço, que as estradas não estão no seu melhor estado (a opção autoestrada obriga à compra de um selo para o carro) e que os húngaros são verdadeiros bárbaros a conduzir, o objectivo para o dia era modesto: percorrer uns 150 km e dormir ainda na Hungria.

A cerca de 50 km a Sul de Budapeste, numa ilha no meio do Danúbio, numa aldeia chamada Ráckeve, há uma igreja ortodoxa sérvia, erigida em 1487 pelos primeiros sérvios que aqui chegaram, fugindo dos turcos. O interior da igreja está todo coberto de extraordinários frescos, alguns medievais (com deliciosas representações do Inferno), bastante bem preservados e guardados por uma simpática senhora que nos explicou (em húngaro) as imagens: Jesus Cristo, Maria, Abraão, o Arcanjo Miguel, os Santos e outras figuras cujos nomes foram surpreendentemente fáceis de entender. Uma paragem que revelou um pequeno grande tesouro. Esta possibilidade de melhor conhecer o Outro é um dos grandes privilégios de quem viaja.

Foi o filósofo espanhol Miguel de Unamuno que disse que a xenofobia se cura viajando?

1 comentário:

  1. Se até aqui pude recordar alguns dos sítios, os de agora em diante vão ser excelentes para abrir o apetite para futuras viagens!

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