sábado, 26 de maio de 2012

Lugares Imaginários

Cada foto leva a uma imensidão de lugares. A exposição de fotografia de Fernanda Carvalho ficará aqui até meados de Junho. Até lá, a Palavra de Viajante está mais bonita!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Um homem entre o Oriente e o Ocidente

Kurban Said, aliás Essan Bey, aliás Lev Nussimbaum, nasceu em Baku, capital do Azerbaijão, herdeiro de um magnata do petróleo.
Ainda jovem, teve de fugir para a Pérsia com o pai devido à chegada dos Bolcheviques, apesar de a sua mãe, aristocrata revolucionária, ter contribuido financeiramente para a Revolução de Outubro, e ajudado o próprio Estaline.
A sua vida foi aventureira q.b., tendo estado exilado em Berlim antes do início da Segunda Guerra Mundial o que, para um judeu, não era o local mais desejável.
Autor mistério de um dos maiores clássicos da literatura do Cáucaso - "Ali e Nino", uma espécie de Romeu e Julieta, em que os protagonistas são, respectivamente, um muçulmano e uma cristã, e que assinou como Kurban Said -, Lev Nussimbaum fascinou Tom Reiss, que andou nas suas pegadas durante mais de cinco anos. Desta demanda resultou a biografia "The Orientalist", um fascinante relato da vida (curta) de um homem apanhado entre o Oriente e o Ocidente.
"Ali e Nino" está publicado em Portugal pela Presença e "The Orientalist", em inglês, tem a chancela da Vintage.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Marrocos pelos olhos de Edith Wharton


Edith Wharton escreveu este que é hoje um clássico da literatura de viagens.
Tendo viajado por Marrocos durante a Primeira Guerra Mundial, há ao longo do livro um inegável sabor a aventura. Da costa do Atlântico até ao Atlas, passando por Rabat, Fez ou Marraquexe, Wharton produziu uma narrativa tão rica como os souks por onde vagueia.
Um retrato evocativo e íntimo do país, pela autora que é mais conhecida entre nós por "Idade da Inocência", que lhe valeria o Pulitzer.
Edith Wharton (1862 - 1937) nasceu em Nova Iorque, mas viveu a maior parte da sua vida em França.

sábado, 5 de maio de 2012

O fascínio do Cáucaso

Logo a seguir, mudamos de ares e vamos até ao Cáucaso que, segundo Calouste Gulbenkian, é uma região ainda mais bela do que a Suíça.
No seu "La Transcaucasie et la Péninsule d'Apchéron. Souvenirs de Voyage", refere que antes mesmo de a conhecermos já amamos esta região e as suas velhas lendas, as suas montanhas onde os nossos antepassados colocaram o berço da humanidade, os seus vales e as suas planícies onde habitaram mais de cem povos, cada um falando a sua língua (...)
O nosso primeiro guia para esta zona tão fascinante é um grande viajante: Dr. João Soares. É logo no dia 19 de Maio, às 17h30.
Vamos tentar ter vinho da Geórgia (muito gabado) para quem quiser experimentar.



Marraquexe mexe connosco

Com a (excelente) desculpa da exposição de fotografia sobre Marraquexe - "marraquexe MIRAGEM" -, vamos iniciar duas semanas em que o destaque vai para Marrocos.
Até 18 de Maio, a ementa do Café do Viajante vai ser muito inspirada. E inspiradora!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Viagem a Tralalá

Há três maneiras de ver o mundo: a optimista, a pessimista e a do Wladimir Kaminer.

Wladimir Kaminer sentiu-se sempre atraído por terras estranhas porque, como ele próprio diz, "lá de onde eu venho a vida é imprópria para viver". Talvez o seu tio Boris tenha pensado o mesmo quando vivia banido no Cazaquistão, razão pela qual teve dificuldade em acreditar que mais tarde o considerassem um herói do trabalho e o deixassem sair da Rússia para ir conhecer Paris, a cidade do amor e da torre Eiffel. Mas o governo soviético cuidou de evitar que o tio Boris alimentasse ideias contraproducentes, e este acabou com os olhos arregalados ao descobrir o que verdadeiramente se passava naquela cidade. De olhos arregalados ficarão também dois turistas de Berlim na Crimeia, ao depararem com as botas chamuscadas de um Joseph Beuys cujo avião foi abatido sobre essa península durante a Segunda Guerra.
"Viagem a Tralalá" é, na verdade, uma montanha russa de viagens loucas por todo o mundo que cortam a respiração até ao mais destemido leitor.
E afinal, onde é Tralalá?
A resposta acabará por chegar a páginas tantas, embora não haja mapa que a confirme.
A edição é da Tinta-da-China.

Wladimir Kaminer nasceu em Moscovo em 1967 e vive em Berlim desde 1990. Publica regularmente textos em vários jornais e revistas alemães.
O livro "Russendisko", com o qual se tornou rapidamente um dos autores alemães mais populares e solicitados, está também editado em Portugal (Cavalo de Ferro).