quarta-feira, 2 de maio de 2012

Viagem a Tralalá

Há três maneiras de ver o mundo: a optimista, a pessimista e a do Wladimir Kaminer.

Wladimir Kaminer sentiu-se sempre atraído por terras estranhas porque, como ele próprio diz, "lá de onde eu venho a vida é imprópria para viver". Talvez o seu tio Boris tenha pensado o mesmo quando vivia banido no Cazaquistão, razão pela qual teve dificuldade em acreditar que mais tarde o considerassem um herói do trabalho e o deixassem sair da Rússia para ir conhecer Paris, a cidade do amor e da torre Eiffel. Mas o governo soviético cuidou de evitar que o tio Boris alimentasse ideias contraproducentes, e este acabou com os olhos arregalados ao descobrir o que verdadeiramente se passava naquela cidade. De olhos arregalados ficarão também dois turistas de Berlim na Crimeia, ao depararem com as botas chamuscadas de um Joseph Beuys cujo avião foi abatido sobre essa península durante a Segunda Guerra.
"Viagem a Tralalá" é, na verdade, uma montanha russa de viagens loucas por todo o mundo que cortam a respiração até ao mais destemido leitor.
E afinal, onde é Tralalá?
A resposta acabará por chegar a páginas tantas, embora não haja mapa que a confirme.
A edição é da Tinta-da-China.

Wladimir Kaminer nasceu em Moscovo em 1967 e vive em Berlim desde 1990. Publica regularmente textos em vários jornais e revistas alemães.
O livro "Russendisko", com o qual se tornou rapidamente um dos autores alemães mais populares e solicitados, está também editado em Portugal (Cavalo de Ferro).

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