domingo, 15 de agosto de 2010

Onde o charme vem do ecletismo


Dia 21 (I)
15 de Agosto de 2010
Bucareste, com a consciência de que ignoramos quase tudo sobre a Roménia e sobre os romenos. A cidade foi florescente de 1900 a 1930, em parte graças aos judeus mais prósperos, que convidaram arquitectos famosos para fazer as suas casas. Hoje, daquilo que vimos da cidade, ela é um misto de edifícios enormes (como o Parlamento, o 2º maior do mundo, a seguir ao Pentágono), grandes hotéis de cadeias internacionais, prédios em estado variado de conservação e algumas casas lindíssimas, apesar de muitas estarem decrépitas. No centro histórico, um pequeno e animado emaranhado de ruas pedonais, as pessoas descontraíam-se nas várias esplanadas, aproveitando o imenso calor de uma tarde de domingo. Mas convém sair do cenrtrinho para ter uma melhor ideia da cidade, que é interessante.

Por acaso, apanhámos uma missa. A grande maioria dos romenos é ortodoxa mas o ritual era algo diferente daquele que conhecemos, com as pessoas de joelhos sobre um tapete, por vezes debruçadas no chão, quase como os muçulmanos. Havia, inclusive, pessoas a acompanhar a missa fora da igreja (que tinha altifalantes no exterior).

Grandes boulevards e parques (um com um lago) atenuam alguma da decadência arquitectónica e/ou marcas do antigo regime.

É talvez esta curiosa mistura, temperada com uma grande capacidade de auto-ironia e de auto-crítica, que o cinema romeno contemporâneo tão bem tem sabido recriar, o que faz dele o mais interessante cinema europeu dos últimos 3 ou 4 anos.

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