quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Henry Miller deixa-se seduzir pela Grécia

Henry Miller considerava "O Colosso de Maroussi" o seu melhor livro.
Seduzido pelas descrições da Grécia, Miller parte com o seu amigo Lawrence Durrell à descoberta do interior daquele país. Entre dias ao relento na praia, atropelados por rebanhos de ovelhas, noites em pensões decadentes, mas carregadas de história, em aldeias com um único forno para toda a população, e peregrinações à Acrópole de Atenas, Miller descobriu na Grécia o sentido da civilização: "Eu tinha caminhado com os olhos vendados, em passos cambaleantes, hesitantes; era orgulhoso, arrogante, satisfeito com a vida falsa e limitada de homem da cidade; a luz da Grécia abriu‑me os olhos, penetrou os meus poros, fez todo o meu corpo dilatar‑se. Descobri a minha pátria."
O original foi publicado em 1941, em plena II Guerra Mundial, um período particularmente ingrato na história do país. Mas hoje, a Grécia atravessa de novo tempos difíceis. O berço da democracia por vezes embala perigosamente.
O livro é a mais recente publicação da Tinta-da-China no âmbito da colecção coordenada por Carlos Vaz Marques.

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