segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cartuxas e cartuxos







A Adega da Cartuxa, em Évora, pertence à Fundação Eugénio de Almeida. Deve o seu nome à proximidade do Convento da Cartuxa de Santa Maria de Scala Coeli (erigido em 1587 e restaurado em 1960 por Vasco Maria Eugénio de Almeida), único mosteiro contemplativo masculino em Portugal, e sobre o qual foi editado o livro O Segredo da Cartuxa, com textos de Paulo Moura e fotos de Nacho Doce.

No passado sábado, decorreu um curso de Provas de Vinho, entre as 10h00 e as 19h00. Como a livraria Palavra de Viajante vai ter um espaço de café onde se servirá vinho a copo, decidimos ir fazer o curso. Às 10h15, fizemos uma prova em copo preto, pelo que só pelo olfacto se pode alvitrar se é branco, tinto ou rosé, pois pelo olhar não se distingue.

O último copo, já perto das 19h00, foi um Cartuxa Tinto Colheita 2008. Entre os dois, olhámos, cheirámos, provámos e não descartámos (cuspir, em português não-enólogo) mais sete vinhos, contando com os do almoço.

Frutos vermelhos, ananás, pimenta, pêlo de cão molhado, rabo de ovelha, alho, almíscar, evanescente, antão vaz, granada, viognier, acídulo, chocolate, charuto, manteiga derretida, canela, roupeiro e tantas outras palavras que ainda nos enchem o palato (felizmente, não todas) e que nos deixaram com vontade de aprofundar o conhecimento sobre o bom vinho que se faz em Portugal. Uma curiosidade para aqueles que gostam de acumular informação: juntos, Portugal e Espanha têm mais castas do que o resto do mundo.

Para saber mais sobre a Fundação Eugénio de Almeida, que, entre outras valências, tem um espaço de exposição de arte moderna e contemporânea, visite o site http://fundacaoeugeniodealmeida.pt/.

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