quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Um eléctrico chamado Sándor Márai


Dia 11 (III)
5 de Agosto de 2010

Apesar de a literatura húngara não estar muito presente nas livrarias portuguesas, há um escritor que não podemos deixar de referir - Sándor Márai - sobretudo por Budapeste ser uma tão importante personagem num livro sobre o amor, a perda e a solidão: A Mulher Certa. Deste escritor há outra obra (uma verdadeira obra-prima) traduzida para português que não podemos deixar de referir: As Velas Ardem até ao Fim.

O rio está muito presente, muito mais do que em Viena, por exemplo. Não só separa Buda de Peste (e, nalguns quarteirões parecem mesmo duas cidades diferentes), como parece que atrai a cidade. São vários os edifícios (como o famoso Parlamento) e as praças que se debruçam para a água. Os eléctricos percorrem as margens (atenção que os bilhetes devem ser comprados antes, no metro ou em quiosques de jornais), as pontes fazem-se também a pé e o tráfego fluvial, apesar de não tão intenso como em Istambul (impossível, claro!), dá um belo colorido ao Danúbio.

Uma bela cidade para passear, apesar de não ser das mais amistosas para os peões (desde a ausência de passadeiras até à sua existência mas ignoradas pelos condutores nativos), e onde os preços ainda não são proibitivos: um iogurte custa cerca de 30 cêntimos, um copo de vinho Reisling húngaro (rizling na língua local) menos de 80 e um bom jantar num restaurante de locais pode ficar por menos de €10 por pessoa.

Para pessoas mais stressadas, com os pés massacrados, a precisar de uma massagem ou de um miminho, Budapeste é um paraíso na terra pela quantidade de termas, banhos, spas e afins. Nós, que não estamos nada moídas, trocámos uma banhoca por um copo de vinho. Mas, só os vinhos davam outro blog... se conseguissemos dar conta das teclas (isto, claro, só porque trouxemos um daqueles portáteis minúsculos).

2 comentários:

  1. Olá!
    Sou seguidora assídua do vosso blogue desde o início, mas não tenho tido tempo para participar mais activamente.
    Agora que já entreguei o meu relatório de nomeação definitivo (uma obra prima, ao nível do melhor de Sándor Márai) prometo
    que não vos vou deixar em paz.
    Estou a gostar imenso da vossa viagem e dos vossos "postais".
    Beijos,
    Lowflight

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  2. Tenho em casa uma garrafa de Tokaji Aszú de 5 puttonyos. Dizem que quanto mais puttonyos melhor. Ainda bem que não experimentei nenhuma de 3 puttonyos…

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