Dia 26 (II)
20 de Agosto de 2010
Pécs é uma cidade que parece lidar bem com as marcas do seu forte passado otomano. A mesquita do Paxá Gazi Kasim (séc. XVI) tornou-se numa igreja paroquial, mantendo o edifício original (a que se acrescentaram umas alas laterais) e colocando uma cruz sobre o crescente, em vez da habitual destruição para dar lugar a um outro edifício adequado ao novo culto dominante. Outra mesquita foi também convertida em igreja católica mas o seu minarete ficou intacto.
Para mais, tem uma agradável ambiência mediterrânica, com belas praças (a principal é quase um anfiteatro, de formato rectangular, dada a sua inclinação), rodeadas de edifícios do império e de arte nova em cores quentes.
Há uma lindíssima rua de museus e um mausoléu paleocristão do séc. IV que é Património da Humanidade. Devido ao feriado, as ruas estavam pejadas de húngaros de todas as idades. Palcos espalhados pelas praças davam animação q.b. (incluindo danças folclóricas) e barraquinhas dos produtores de vinhos garantiam que aquela não esmorecia.
Mas há uma diferença substancial relativamente aos "verdadeiros" mediterrânicos: o convívio faz-se em surdina e com a maior das calmas. Sente-se a ausência do ruído de fundo a que estamos habituadas nestas ocasiões.
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