É em Marly, onde gostava de passar o tempo no final do seu reinado, que Luís XIV, o Rei-Sol, descobre os globos do cosmógrafo veneziano Vicenzo Coronelli (1650-1718).
Olivier Rolin (o autor de "Baku", recentemente publicado em português) imagina a história desta descoberta e Érik Desmazières (cujas obras são com frequência apresentadas na Biblioteca Nacional de França, no Metropolitan Museum of Art, no British Museum ou no Rijksmuseum, em Amesterdão) ilustra-a com um apurado sentido do belo.
O livro, de 2006, é editado pela Bibliothèque nationale de France
Em Portugal, os globos mais bonitos são precisamente os de Coronelli, ambos na Sociedade de Geografia de Lisboa (SGL), recuperados há meia dúzia de anos.
Do século XVIII, em madeira, metal, tela, papier mâché, gesso e papel, têm 110 cm (globo) e 70 cm (base).
O par de globos (celeste e terrestre) da SGL foi adquirido em 1723 em Haia pelo diplomata João Gomes da Silva, Conde de Tarouca e teve como destino a Biblioteca Real de D. João V. Em 1878 encontravam-se no Arsenal do Exército tendo sido incorporados nas colecções da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Aqui na livraria temos ainda um outro livro com ilustrações assombrosas de Desmazières, "Imaginary Places", para além de vários títulos de O. Rolin.
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